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Segundo levantamento divulgado pelo projeto Mude com Elas — uma iniciativa do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) e da Ação Educativa, com apoio da Terre des Hommes e do Ministério para Cooperação e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ) —, a taxa de informalidade entre jovens mulheres negras ocupadas chega a 40,8%, índice 8,4 pontos percentuais superior ao verificado entre jovens mulheres brancas.</p> <p dir="ltr">O estudo, que analisou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua/IBGE), foi apresentado em um webinário, nesta quarta-feira (21/5), que também marcou o lançamento de um observatório voltado para facilitar o o de jovens negras ao mercado de trabalho. “Os dados revelam que as jovens negras, além de enfrentarem o desemprego em taxas altíssimas, seguem sendo empurradas para postos de trabalho mais precários, informais e mal remunerados”, analisa Fernanda Nascimento, coordenadora do projeto Mude com Elas.</p> <p dir="ltr">A informalidade também é alarmante entre os jovens homens negros, atingindo 45,3%. A desigualdade se acentua ainda mais quando se observa os rendimentos: jovens mulheres negras recebem, em média, apenas 62,4% do rendimento mensal de jovens homens brancos. Outro dado preocupante é a taxa de subutilização da força de trabalho entre jovens mulheres negras, que chega a 23,2% — mais que o dobro da registrada entre jovens homens brancos, de 9,6%.</p> <ul> <li dir="ltr"> <p dir="ltr"><strong>Leia também:</strong> <a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2024/12/6994087-negros-no-mercado-de-trabalho-aumenta-numero-de-jovens.html" target="_blank">Negros no mercado de trabalho: aumenta número de jovens</a></p> </li> </ul> <p dir="ltr">O estudo aponta ainda que, no terceiro trimestre de 2024, a taxa de desemprego entre jovens mulheres negras de 14 a 29 anos alcançou 16% no Brasil, número 3,6 vezes superior ao observado entre jovens homens brancos na mesma faixa etária (4,4%). “Apesar de pequenas melhorias gerais no mercado de trabalho, as desigualdades estruturais permanecem quase inalteradas para as jovens negras. 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40 336u3z 8% das jovens negras no Brasil trabalham na informalidade, diz estudo
Racismo Estrutural

40,8% das jovens negras no Brasil trabalham na informalidade, diz estudo 2f1l35

Levantamento expõe desigualdades estruturais no mercado de trabalho e nas condições de vida de jovens negras brasileiras 5a3911

Dados escancaram as desigualdades que atingem as jovens mulheres negras no mercado de trabalho e nas condições de moradia no Brasil. Segundo levantamento divulgado pelo projeto Mude com Elas — uma iniciativa do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) e da Ação Educativa, com apoio da Terre des Hommes e do Ministério para Cooperação e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ) —, a taxa de informalidade entre jovens mulheres negras ocupadas chega a 40,8%, índice 8,4 pontos percentuais superior ao verificado entre jovens mulheres brancas.

O estudo, que analisou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua/IBGE), foi apresentado em um webinário, nesta quarta-feira (21/5), que também marcou o lançamento de um observatório voltado para facilitar o o de jovens negras ao mercado de trabalho. “Os dados revelam que as jovens negras, além de enfrentarem o desemprego em taxas altíssimas, seguem sendo empurradas para postos de trabalho mais precários, informais e mal remunerados”, analisa Fernanda Nascimento, coordenadora do projeto Mude com Elas.

A informalidade também é alarmante entre os jovens homens negros, atingindo 45,3%. A desigualdade se acentua ainda mais quando se observa os rendimentos: jovens mulheres negras recebem, em média, apenas 62,4% do rendimento mensal de jovens homens brancos. Outro dado preocupante é a taxa de subutilização da força de trabalho entre jovens mulheres negras, que chega a 23,2% — mais que o dobro da registrada entre jovens homens brancos, de 9,6%.

O estudo aponta ainda que, no terceiro trimestre de 2024, a taxa de desemprego entre jovens mulheres negras de 14 a 29 anos alcançou 16% no Brasil, número 3,6 vezes superior ao observado entre jovens homens brancos na mesma faixa etária (4,4%). “Apesar de pequenas melhorias gerais no mercado de trabalho, as desigualdades estruturais permanecem quase inalteradas para as jovens negras. Isso indica que as políticas públicas precisam ser mais intencionais e específicas para esse grupo”, reforça Nascimento.

A iniciativa Mude com Elas atua desde 2020 com o objetivo de ampliar o o de jovens negras ao trabalho digno. A criação do observatório, lançado durante o webinário, busca justamente facilitar esse o, oferecendo informações qualificadas e visibilidade para o tema. “O objetivo é oferecer às jovens a compreensão das múltiplas camadas de problemas que são enfrentados por elas e, ao mesmo tempo, contribuir para que hajam avanços, programas e políticas públicas de formação e inclusão”, explica Waldete Tristão, professora e pesquisadora do CEERT.

Durante o webinário, Mário Bento, diretor de Diagnósticos e Indicadores do CEERT, apresentou outro dado alarmante: mulheres negras e pardas de 15 a 29 anos representam 45,2% de todos os jovens que não estudam e não trabalham no país, o maior patamar já registrado pela Síntese de Indicadores Sociais do IBGE. “A gente precisa reverter essa situação. Esse número só cresce e distancia as jovens negras e os jovens brancos”, alertou.

O segundo estudo apresentado no evento focou nas condições habitacionais das jovens negras na Região Metropolitana de São Paulo. A pesquisa revelou que, em áreas com maior concentração desse grupo, 19,3% dos domicílios não possuem esgoto ligado à rede geral, um índice muito superior aos 0,4% encontrados em áreas predominantemente habitadas por jovens mulheres brancas. Além disso, apenas 6% dos domicílios são apartamentos, enquanto esse percentual chega a 68,2% nas regiões de predomínio branco.

“É impossível pensar políticas de equidade para as juventudes negras sem considerar as desigualdades territoriais que afetam seu cotidiano, seu o à infraestrutura urbana e sua dignidade habitacional”, afirma Nascimento. Para Mário Bento, discutir a inclusão do quesito cor nas pesquisas e políticas públicas é fundamental: “Quando a gente inclui esse dado, é possível observar a profundidade das desigualdades. Quando a inclusão não acontece, a informação gera uma falsa neutralidade, como se todos experimentassem da mesma forma a educação, o trabalho, a saúde. E a gente sabe que essa não é a realidade”.

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