Eleições

"Antidemocrático foi o que o TSE fez comigo", afirma Bolsonaro

O ex-presidente disse ainda que está inelegível por ter feito uma reunião com embaixadores e por utilizar a estrutura do 7 de setembro de 2022 para fazer campanha eleitoral

PL tenta suspender processo contra Bolsonaro por golpe e levá-lo ao plenário do STF -  (crédito: Platobr Politica)
PL tenta suspender processo contra Bolsonaro por golpe e levá-lo ao plenário do STF - (crédito: Platobr Politica)

“Eu acredito que antidemocrático foi o que o TSE fez comigo. Durante a campanha, eu não podia mostrar imagem do Lula defendendo aborto, do Lula falando que toma uma cervejinha, imagem minha no enterro da Rainha Elizabeth, imagem minha na ONU, não podia botar imagem do 7 de setembro”, comentou o ex-presidente em entrevista ao UOL, nesta quarta-feira (14/5). 

Em novembro de 2022, o Partido Liberal (PL) pediu que votos considerados inconsistentes fossem descartados. A constatação de possíveis irregularidades em registro de voto em urna eletrônica foi feita por uma auditoria independente do Instituto Voto Legal (IVL). O presidente do IVL, Carlos Cesar Rocha, é um dos denunciados por tentativa de golpe e integra o 'núcleo da desinformação'.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o pedido e os advogados de Bolsonaro apresentaram recurso apreciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que indeferiu o pedido e estabeleceu uma multa de R$ 22 milhões ao partido do ex-presidente.

Ainda, Bolsonaro disse que está inelegível por duas razões. “Uma porque me reuni com embaixadores e só me reuni com embaixadores porque dois meses antes o ministro Fachin [STF] se reuniu com embaixadores também e lá ele vendeu o seu peixe. Eu achei que tinha algo não certo e decidi convidar os embaixadores. Então estou inelegível por causa disso. A outra, que eu teria usado a estrutura do 7 de setembro de 2022 para fazer campanha. Houve o desfile, sim, e foi uma coisa fantástica”, comentou. 

A inelegibilidade do ex-presidente vai até 2030, e foi decidido por 5 votos a 2 no TSE, que o condenou por abuso de poder político e econômico nas comemorações do 7 de setembro de 2022. 

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O presidente do TSE à época era o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Em seu voto, ele acusou Bolsonaro de ter feito um “monólogo eleitoreiro” para “instigar o seu eleitorado” contra o sistema eleitoral.


 

postado em 14/05/2025 13:32
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