SUPREMO

Zanin e Dino seguem no julgamento da denúncia da PGR, decide Barroso

Defesa de Bolsonaro havia pedido afastamento dos ministros da Primeira Turma do STF, por considerá-los parciais. Presidente da Casa, porém, entendeu que não há justificativa legal que impossibilite a atuação dos magistrados

Zanin e Dino continuam, assim como o restante dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da denúncia de tentativa de golpe de Estado, que investiga também Bolsonaro -  (crédito: Agência Brasil)
Zanin e Dino continuam, assim como o restante dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da denúncia de tentativa de golpe de Estado, que investiga também Bolsonaro - (crédito: Agência Brasil)

Pedidos da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro que visavam impedir os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin e Flávio Dino de participarem do julgamento da trama golpista de 2022 foram negados, nesta sexta-feira (28/2), pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. 

Os representantes do antigo chefe de Estado argumentaram que os ministros não poderiam atuar, devido a suposta parcialidade no caso, em que Bolsonaro e outras 33 pessoas foram denunciados. No caso de Zanin, a defesa se apoiou no fato de ele já ter se declarado impedido em outro processo eleitoral que envolvia Bolsonaro; e, no caso de Dino, devido a ele ter entrado com uma ação de calúnia contra o ex-presidente. 

Barroso entendeu, porém, que não havia justificativa legal que afastasse os magistrados e que os fatos narrados pela defesa de Bolsonaro “não impossibilitam a atuação dos ministros no julgamento da denúncia”. Ele disse que “a jurisprudência do STF é clara ao afirmar que as hipóteses de impedimento são taxativas e não podem ser ampliadas”.  

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Dessa forma, Zanin e Dino continuam, assim como o restante dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da denúncia de tentativa de golpe de Estado oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no último dia 18 de fevereiro. Entre os magistrados que decidem o futuro de Bolsonaro e dos outros investigados, estão Alexandre de Moraes, o relator do processo; Carmen Lúcia; e Luiz Fux. 

Lara Perpétuo
postado em 28/02/2025 23:59
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