
O exame realizado em um irerê — espécie de marreco — encontrado morto no Zoológico de Brasília, na semana ada, deu positivo para gripe aviária. Além do irerê, um pombo também foi encontrado morto no local, mas o caso segue em investigação. A informação foi confirmada pelo Governo do DF (GDF).
É o primeiro caso de gripe aviária registrado no Distrito Federal. Na semana ada, o Zoo foi evacuado às pressas e está fechado para o público temporariamente. As amostras dos dois animais foram recolhidas pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) e enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para análise.
"Com a confirmação do foco, conforme tratativas junto à Coordenação do Programa Nacional de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, será mantida a interdição do zoológico até 12 de junho, caso não ocorram novos casos no local. A vigilância será contínua para monitorar a saúde das aves. A Seagri reforça que o consumo de carne de aves e ovos inspecionados é seguro, já que a doença não é transmitida por esse meio. A população pode se manter tranquila, não havendo qualquer restrição quanto a alimentação", informou a Seagri. A transmissão do vírus ocorre apenas por contato direto com aves vivas infectadas, sendo o risco de infecção humana considerado baixo.
A pasta ressaltou que a manipulação de aves mortas deve ser evitada e todas as suspeitas que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (Whatsapp) 61-99154-1539.
Riscos
De acordo com a última atualização do de Investigação da Síndrome Nervosa das Aves, realizado pelo Serviço Veterinário oficial do Mapa, há sete casos em investigação no Brasil e dois focos confirmados, um em Minas Gerais e outro no Rio Grande do Sul.
A variante que está circulando no mundo nos últimos anos é a H5N1, causadora da influenza aviária altamente patogênica (IAAP), e tem uma taxa de letalidade elevada em humanos, em casos de contaminação direta. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 50% das pessoas que pegam a doença morrem. Desde 2003, foram reportados cerca de mil casos humanos em 24 países, associados ao contato com aves silvestres ou domésticas infectadas.
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Darcianne Diogo
RepórterFormada em jornalismo pelo Centro Universitário Iesb, é especializada na cobertura da área de segurança pública e pós-graduada em jornalismo investigativo. Integra a equipe do Correio desde 2018