Estados Unidos

EUA mandam tropas para fronteira com México; plano é enviar 10 mil soldados

O Departamento de Defesa também anunciou que aeronaves militares podem ser utilizadas para deportar imigrantes ilegais

Fronteira entre o México e o Arizona       -  (crédito: JOHN MOORE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
Fronteira entre o México e o Arizona - (crédito: JOHN MOORE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

De acordo com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, 500 fuzileiros navais foram enviados para a fronteira com o México nesta quarta-feira (23/1). Outros 1,5 mil soldados estão sendo preparados para serem enviados para a região.

Segundo o governo, o plano é enviar até 10 mil militares para atuar na fronteira nos próximos meses. Atualmente, 2.200 soldados do Exército e da Guarda Nacional estão trabalhando na área.

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O Departamento de Defesa ainda anunciou que aeronaves militares podem ser utilizadas para deportar imigrantes ilegais. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que a ação é consequência de decisões tomadas no primeiro dia de governo Trump, a fim de tornar "a segurança interna uma missão central do Departamento de Defesa".

Também nesta quarta-feira, o governo norte-americano suspendeu a entrada de imigrantes ilegais pela fronteira com o México. Assim, o país não permite mais a entrada para estrangeiros que tentavam ingressar sem visto para pedir asilo.

Medidas sobre imigração

Logo após a posse de Donald Trump, na segunda-feira (20/1), o republicano assinou uma série de decretos para deter imigrantes ilegais. Além disso, ele prometeu fazer a maior deportação em massa da história dos Estados Unidos.

Entre as medidas tomadas por Trump estão:

  • Declaração de emergência nacional na fronteira entre o país e o México, para facilitar a liberação de recursos para retomar a construção do muro na divisa. Com a ação, os agentes federais de imigração recebem poderes ampliados para deter suspeitos;
  • Fim da cidadania automática para filhos de imigrantes ilegais ou com vistos temporários nascidos nos Estados Unidos. Juristas afirmam que a medida contradiz a 14ª Emenda da Constituição, a qual garante cidadania a qualquer pessoa nascida em território americano;
  • Ampliação da deportação acelerada, a fim de permitir expulsões rápidas de imigrantes ilegais sem audiências judiciais. Durante o governo Biden, a deportação expressa só era adotada para quem entrasse no país por via marítima e estivesse a menos de dois anos no país. Por via terrestre, o imigrante só seria deportado dessa forma se fosse detido a até 160 km da fronteira, estando no país há menos de 14 dias. Trump eliminou todas essas restrições;
  • Revogação da proibição de se prender imigrantes em locais como hospitais, igrejas e escolas;
  • Retomada do programa "Fique no México", que obriga os imigrantes que pedem asilo aos Estados Unidos a aguardarem a análise da solicitação no México;
  • Suspensão da chamada "parole", que permite a entrada legal de imigrantes em situação de emergência. Agora, tudo será analisado caso a caso.

 

Isabela Stanga
postado em 23/01/2025 01:06 / atualizado em 23/01/2025 12:12
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