
Integrantes da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime da Câmara dos Deputados farão hoje uma visita ao Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. A justificativa para a visita, segundo o autor da proposta, deputado federal Sargento Portugal (Pode-RJ), seria para "acompanhar as condições estruturais e operacionais dessas unidades prisionais, bem como avaliar as ações de custódia dos detentos e a aplicação das diretrizes de segurança do local".
O parlamentar defende, no teor do requerimento, que a fiscalização parlamentar se faz necessária "para garantir que essas unidades estejam operando conforme os parâmetros legais e normativos, assegurando tanto a segurança pública quanto o respeito aos direitos fundamentais dos detentos".
O motivo para o cuidado com a segurança dos presídios, segundo Portugal, também ocorre após a fuga de detentos do presídio federal de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte, que ocorreu em fevereiro de 2024, que, segundo ele, deixou a população em alerta.
Em setembro do ano ado, agentes da Polícia Penal do Distrito Federal (PPDF) impediram uma tentativa de fuga em uma ala de segurança máxima do Presídio do Distrito Federal I, localizado na Papuda.
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A ação foi impedida durante uma revista de rotina, em que os policiais identificaram danos na estrutura de uma cela. Os detentos haviam retirado parte de estruturas de concreto que é usada como barreira para isolar os corredores. Para que os agentes não percebessem as partes que haviam sido arrancadas, os presos cobriram as áreas danificadas com pedaços de colchão.
Na última quinta-feira, Wlir Matos Soares, acusado de envolvimento na trama golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, foi transferido para a Ala 5 do presídio, que é um pavilhão destinado a ex-policiais.
O Complexo Penitenciário da Papuda também abriga outros presos "famosos", como é o caso de Marcos Willians Herbas Camacho, o "Marcola", que ficou conhecido por praticar assalto a bancos, ter envolvimento com narcotráfico, homicídios e atividades terroristas, considerado pela segurança do estado de São Paulo como líder da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).