Dia do Trabalhador

Lula fará pronunciamento de 1º de maio, mas não deve ir a atos

A fala será transmitida às 20h30 de hoje (30/4) em cadeia nacional de rádio e televisão. Há expectativa de anúncio de novas medidas voltadas para os trabalhadores

Em 2024, Lula participou de ato unificado das centrais. Porém, reclamou que o evento estava esvaziado -  (crédito:  Ricardo Stuckert / PR)
Em 2024, Lula participou de ato unificado das centrais. Porém, reclamou que o evento estava esvaziado - (crédito: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará nesta quarta-feira (30/4) um pronunciamento sobre o feriado do Dia do Trabalhador, celebrado amanhã (1º/5). A fala será transmitida às 20h30 em cadeia nacional de rádio e televisão.

Há expectativa de anúncios durante a fala, com medidas voltadas aos trabalhadores. O pronunciamento será de, aproximadamente, cinco minutos. O petista deve destacar ainda medidas já implementadas ou em discussão no Congresso Nacional, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil ao mês e o consignado privado.

Neste ano, o chefe do Executivo decidiu não comparecer aos tradicionais atos realizados pelas centrais sindicais em São Paulo, em celebração à data. Nas últimas edições, as entidades realizaram um ato unificado, mas a Central Única dos Trabalhadores (CUT) preferiu se afastar da organização neste ano.

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Serão, portanto, dois atos na capital paulista: um realizado pela CUT, no ABC Paulista, e outro organizado pelas demais centrais, na zona norte da cidade. São elas: Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Pública.

Ato de 2024 foi esvaziado

Lula decidiu não participar das comemorações, pois seria desgastante participar dos dois eventos, especialmente pouco após voltar de uma viagem internacional — ele esteve em Roma no fim de semana para o funeral do papa Francisco.

Além disso, participar apenas de um poderia desagradar os sindicalistas. Lideranças das centrais estiveram reunidas com o presidente ontem (29) no Palácio do Planalto para tentar convencê-lo da importância de participar dos atos. Há expectativa, entre as centrais, que ele mude de ideia e resolva participar.

No ano ado, o ato de 1º de Maio foi motivo de desgaste para o presidente. O evento, realizado no estádio Itaquerão, foi esvaziado e rendeu até críticas públicas de Lula ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, responsável pelo diálogo do governo com os movimentos sociais.

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postado em 30/04/2025 11:53 / atualizado em 30/04/2025 11:55
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