
Por Alicia Bernardes* — Sete anos depois do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, a investigação foi concluída com a prisão de envolvidos. No entanto, o caso ainda divide opiniões e segue cercado de polêmicas.
Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, detidos desde 2019, itiram participação no crime e foram condenados. Já os suspeitos de planejar o atentado — os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa — negam envolvimento e travam uma disputa pública para contestar as acusações que os mantêm presos há quase um ano.
A família dos três acusados tem se mobilizado em busca de defender a inocência dos acusados. As críticas se concentram na delação de Lessa, que, segundo as defesas, apresenta falhas. Os advogados de defesa também tentam redirecionar as suspeitas para o ex-vereador Cristiano Girão, preso por outro crime no qual Lessa também confessou participação.
Marielle Franco foi assassinada a tiros em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro, quando voltava de um evento no centro da cidade. Crítica das milícias e defensora dos direitos humanos, a morte teve grande repercussão nacional e internacional. A identificação dos executores levou anos, e a busca pelos mandantes se tornou um dos principais desafios da investigação, que agora chega ao fim sem consenso absoluto sobre os responsáveis pelo crime.
*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes
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