Cardeal Arlindo Furtado, 75 anos, eleitor no conclave (Cabo Verde)
Como o senhor vê a responsabilidade de escolher o sucessor do papa Francisco?
Como a gente conhece, mais ou menos, a situação da Igreja e do mundo, sabe que o Espírito Santo iluminará a todos para fazermos, em conjunto, uma escolha para o serviço à Igreja e ao mundo, que precisam da voz e da luz do papa, da palavra do Evangelho. Nós votaremos em consciência, e o resto acontecerá pelo discernimento apresentado pelo Espírito Santo.
De que modo o senhor analisa o legado de Francisco?
É um legado enorme, tão pertinente e tão necessário para o mundo de hoje, tão fragmentado. Muito centrado no egoísmo, no interesse de grupos, onde a humanidade muitas vezes fica descartada. Por isso, também, há tantas fraturas, tantos sofrimentos e tantos conflitos, brigas, guerras, mortes, massacres e genocídio. Falta a humanidade, falta Cristo, falta Deus, falta fraternidade. O papa Francisco era um campeão no testemunho e no anúncio desses valores. (RC)