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O ambicioso projeto britânico de tirar gás carbônico do mar 37d2t
MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O ambicioso projeto britânico de tirar gás carbônico do mar 4j2941

Um projeto piloto está testando se é uma maneira útil de combater as mudanças climáticas 705l5l

Um projeto inovador para extrair carbono do mar entrou em operação na costa sul da Inglaterra.

O pequeno programa piloto, conhecido como SeaCURE, é financiado pelo governo do Reino Unido como parte de sua busca por tecnologias que combatam as mudanças climáticas.

Há um amplo consenso entre os cientistas do clima de que a principal prioridade é reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a principal causa do aquecimento global.

Mas muitos cientistas também acreditam que parte da solução vai precisar envolver a captura de alguns dos gases que já foram liberados.

BBC
Tom Bell, do Laboratório Marinho de Plymouth, dentro das instalações do SeaCURE em Weymouth

Estes projetos, conhecidos como captura de carbono, geralmente se concentram em capturar emissões na fonte ou extraí-las da atmosfera.

O que torna o SeaCURE interessante é que ele está testando se pode ser mais eficiente extrair do mar o carbono que aquece o planeta, já que ele está presente em concentrações maiores na água do que na atmosfera.

BBC
A instalação em Weymouth está testando a viabilidade de remover carbono da atmosfera usando a água do mar

Para chegar à entrada do projeto, você precisa dar a volta pelos fundos do Weymouth Sealife Centre, e ar por uma placa que diz: "Cuidado: as moreias podem morder".

Há uma razão para este projeto inovador ter sido instalado aqui.

Trata-se de uma tubulação que serpenteia sob uma praia pedregosa até o Atlântico, pegando a água do mar e levando para a costa.

O projeto está tentando descobrir se a remoção do carbono da água pode ser uma forma econômica de reduzir a quantidade de CO2, gás que causa o aquecimento global, na atmosfera.

O SeaCURE processa a água do mar para remover o carbono antes de bombeá-la de volta para o mar, onde absorve mais CO2.

A BBC foi a primeira equipe de jornalismo de radiodifusão a visitar o projeto, e o professor Tom Bell, do Laboratório Marinho de Plymouth, foi encarregado de nos mostrar o local.

Ele explica que o processo começa com o tratamento de parte da água do mar para torná-la mais ácida. Isso faz com que o carbono dissolvido na água se transforme em gás, e seja liberado na atmosfera como CO2.

"Este é o 'stripper' de água do mar", diz Bell com um sorriso.

O "stripper" é um grande tanque de aço inoxidável que maximiza a quantidade de contato entre a água do mar ácida e o ar.

"Quando você abre um refrigerante, e ele espuma, é o CO2 que está saindo", afirma Bell. "O que estamos fazendo é espalhar a água do mar por uma grande superfície. É como derramar uma bebida no chão, e permitir que o CO2 saia da água do mar muito rapidamente."

O CO2 que emerge no ar é sugado, e depois concentrado usando cascas de coco carbonizadas, prontas para serem armazenadas.

Em seguida, a água do mar com baixo teor de carbono recebe a adição de álcali —para neutralizar o ácido adicionado —, e é bombeada de volta para um riacho que deságua no mar.

Uma vez de volta ao mar, ela começa imediatamente a absorver mais CO2 da atmosfera, contribuindo de forma sutil para a redução dos gases de efeito estufa.

BBC
A água do mar é tratada e tem o carbono removido antes de ser bombeada de volta

Já existem tecnologias de captura de carbono muito mais desenvolvidas que retiram o carbono diretamente da atmosfera, mas Paul Halloran, que lidera o projeto SeaCURE, afirma que usar a água tem suas vantagens.

"A água do mar contém uma grande quantidade de carbono em comparação com o ar, cerca de 150 vezes mais", diz Halloran.

"Mas apresenta desafios diferentes: a energia que precisamos para gerar os produtos necessários para fazer isso a partir da água do mar são enormes."

No momento, a quantidade de CO2 que este projeto piloto está removendo é pequena — no máximo 100 toneladas métricas por ano —, o que equivale à pegada de carbono de cerca de 100 voos transatlânticos. Mas, considerando o tamanho dos oceanos do planeta, os responsáveis pelo SeaCURE acreditam que o projeto tem potencial.

Em sua apresentação ao governo do Reino Unido, o SeaCURE afirmou que a tecnologia tem potencial para ser ampliada significativamente para remover 14 bilhões de toneladas de CO2 por ano, se 1% da água do mar do mundo na superfície do oceano for processada.

Para que isso seja plausível, todo o processo de remoção do carbono teria que ser alimentado por energia renovável. Possivelmente por painéis solares em uma instalação flutuante no mar.

"A remoção de carbono é necessária se você quiser alcançar emissões líquidas zero, e emissões líquidas zero são necessárias para deter o aquecimento", diz Oliver Geden, especialista em captura de carbono que faz parte do Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.

"Capturar [carbono] diretamente da água do mar é uma das opções. Capturá-lo diretamente da atmosfera é outra. Há basicamente de 15 a 20 opções e, no fim das contas, a questão de qual usar, claro, vai depender do custo."

BBC
A água com baixo teor de carbono do projeto SeaCURE é despejada em um riacho a uma curta distância do mar

O projeto SeaCURE conta com financiamento de 3 milhões de libras (cerca de R$ 23 milhões) do governo — e é um dos 15 projetos piloto que estão sendo apoiados no Reino Unido como parte dos esforços para desenvolver tecnologias que capturem e armazenem gases de efeito estufa.

"A remoção de gases de efeito estufa da atmosfera é essencial para nos ajudar a alcançar emissões líquidas zero", diz o ministro de Energia, Kerry McCarthy.

"Projetos inovadores como o SeaCURE, da Universidade de Exeter, desempenham um papel importante na criação das tecnologias verdes necessárias para que isso aconteça, ao mesmo tempo em que apoiam a geração de empregos qualificados e impulsionam o crescimento."

University of Exeter
Guy Hooper, da Universidade de Exeter, está pesquisando o impacto da água do mar com baixo teor de carbono nas criaturas marinhas

'Algum impacto no meio ambiente' 34847

Há também a questão do impacto que uma grande quantidade de água com baixo teor de carbono teria no mar e nas criaturas que vivem nele. Em Weymouth, ela sai de uma tubulação em quantidades tão pequenas que é improvável que tenha qualquer impacto.

Guy Hooper é um estudante de doutorado da Universidade de Exeter, na Inglaterra, e está pesquisando os possíveis impactos do projeto. Ele expõe criaturas marinhas à água com baixo teor de carbono em condições de laboratório.

"Os organismos marinhos dependem do carbono para fazer certas coisas", ele explica. "O fitoplâncton usa o carbono para fazer fotossíntese, enquanto criaturas como os mexilhões usam o carbono para formar suas conchas."

Hooper conta que os primeiros indícios são de que o aumento significativo da quantidade de água com baixo teor de carbono poderia ter algum impacto sobre o meio ambiente.

"Pode ser prejudicial, mas pode haver maneiras de mitigar isso — por exemplo, por meio da diluição prévia da água com baixo teor de carbono. É importante que isso seja incluído na discussão desde o início."

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