
Depois de um pequeno descanso, a Fórmula 1 retorna neste fim de semana para o Grande Prêmio de Miami, sexta etapa da temporada de 2025 e a segunda no formato de sprint. A elite do automobilismo desembarca na Flórida com Oscar Piastri como novo líder e mirando manter a dianteira sobre Lando Norris e Max Verstappen. A atividade inicial é o treino livre único, na sexta-feira (2/5), às 13h30, mesmo dia da formação do grid da sprint, às 17h30. A prova curta será no sábado (3/5), às 13h, seguido pela classificação, às 17h. A corrida principal é no domingo (4/5), também às 17h. Band, BandSports e F1 TV transmitem.
O holofote no momento é todo da McLaren. Piastri despontou como favorito precoce ao título, embalado pelas três vitórias em cinco corridas, e lidera o mundial pela primeira vez. Do outro lado da garagem, Norris ficou para trás ao empilhar erros e viu o companheiro ocupar o posto que se esperava que fosse dele. No entanto, Miami é um palco importante para esperar uma reação do britânico, pois foi lá que ele conquistou a primeira vitória da carreira na F1, no ano ado.
“Foi bom poder recarregar depois de uma rodada tripla movimentada, mas estou animado para voltar ao carro, especialmente em Miami. Foi onde ganhei minha primeira corrida, então esse lugar é especial para mim. Na semana ada, estive na fábrica com a equipe e no simulador para me preparar. É um fim de semana de sprint, o que significa que terão mais pontos para disputar”, disse Norris.
Enquanto isso, Max Verstappen segue mostrando que pode levar a Red Bull ao pódio e é nome forte na disputa acirrada. O holandês, inclusive, tem motivo especial para correr neste fim de semana, pois se tornou papai nos últimos dias com o nascimento da filha dele e de Kelly Piquet. A diferença do tetracampeão para Piastri é de apenas 12 pontos, a menor margem entre o top-3 após cinco corridas desde 2012, quando Sebastian Vettel, Lewis Hamilton e Fernando Alonso estavam separados por apenas oito pontos.
Mesmo longe da briga por posições mais altas, a Williams não para de chamar a atenção no meio do pelotão. Impulsionados pelos bons resultados de Alex Albon e a experiência de Carlos Sainz, o time britânico já soma 25 pontos. O número representa o melhor início de temporada da equipe desde 2016 e justifica a expectativa da montadora de brigar como a quinta força no grid, atrás apenas de McLaren, Red Bull, Mercedes e Ferrari.
Quem não tem muitas esperanças de melhorar o desempenho no futuro próximo é a Sauber. A equipe do brasileiro Gabriel Bortoleto terá uma pintura especial para o fim de semana, mas nada de upgrades significativos que possam evoluir a performance. As construtoras geralmente guardam atualizações maiores para a etapa seguinte, em Ímola.
“É uma pista que nunca corri antes e estou realmente ansioso para descobrir. Pude ar um tempo no simulador depois da Arábia Saudita para entender melhor o circuito e agora estou ansioso para pilotá-lo de verdade”, compartilhou Bortoleto
Depois da corrida de Miami, a Fórmula 1 terá mais um período de descanso e volta em 18 de maio para o Grande Prêmio da Emilia-Romagna (Ímola). A largada será às 10h, no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, e marca o início da temporada europeia. Piastri lidera o campeonato de pilotos, com 99 pontos, seguido por Norris (89) e Verstappen (87). A McLaren está na frente entre os construtores, com 188, na frente de Mercedes (111) e Red Bull (89).
A pista
Construído no entorno do Hard Rock Stadium, o Autódromo Internacional de Miami se estende por 5.412 quilômetros, com 19 curvas e três zonas de DRS (abertura da asa traseira para menor arrasto e mais velocidade).
A pista é de rua, mas o traçado combina de tudo um pouco. O primeiro setor, por exemplo, conta com curvas mais fluídas e com velocidade, enquanto a segunda parte começa com uma longa reta de aceleração e termina em uma série de contornos apertados e lentos. O giro é completado após outra faixa extensa que permite pisar fundo.
Os pneus do fim de semana serão macio C5, médio C4 e duro C3, mesma combinação da Austrália e da Arábia Saudita
Curiosidades sobre o GP de Miami
Uma das caçulas do calendário, a etapa de Miami é disputada desde 2022, mas ainda não caiu nas graças do público. É a primeira de três provas do ano nos Estados Unidos e segue a receita clássica de eventos na terra do Tio Sam, com muita festa, propagandas e elementos chamativos para atrair a atenção. Há até uma marina falsa ao longo da pista, com uma pintura de mar no chão e lanchas estacionadas (Mônaco mandou um abraço!).
Nem os pilotos escapam, tanto que na edição inaugural os três primeiros participaram da cerimônia do pódio usando capacetes de futebol americano ao invés dos tradicionais bonés. O paddock, inclusive, é dentro do estádio Hard Rock, casa do Miami Dolphins na NFL.
Falando sobre corrida, foram poucas, mas ainda assim existem padrões interessantes. Um deles é o fato do pole position jamais ter sido o primeiro a cruzar a linha de chegada. Quem venceu mais vezes foi Max Verstappen, em 2022 e 2023, enquanto Lando Norris conquistou a primeira vitória da carreira na prova do ano ado. O tetracampeão, por sinal, tem retrospecto dominante em Miami. Ele liderou 106 voltas por lá, mais que todos os demais adversários somados. Norris esteve na frente por 31 e Sergio Perez por 21, além de Leclerc (8), Piastri (4) e Sainz (1).
O que é a sprint?
Implementadas em 2021, as provas de sprint são corridas curtas, com até 100 km de distância e um terço da duração das provas normais. Apesar de dividir os pilotos entre os que apoiam e os que criticam, a bateria curta foi criada com o intuito de gerar mais entretenimento e competitividade.
Serão seis finais de semana de sprint na atual temporada. Além de Miami, o modelo esteve presente no GP da China, mas também marca presença nas etapas da Bélgica, Estados Unidos (COTA), Brasil e Catar.
Nas ocasiões com a prova curta, o fim de semana tem um formato com apenas um treino livre, na sexta-feira, assim como a qualificação da sprint. Depois, no sábado, é dia da disputa reduzida e do qualy da corrida normal, marcada para domingo. Apenas os oito primeiros pilotos pontuam, com 8 pontos para o vencedor, 7 para o segundo e assim em diante, até o oitavo ficar com o ponto final. Após a sprint, a prova original acontece normalmente, com o sistema de pontuação tradicional.
Programação
Primeiro treino livre: sexta-feira (2/5), às 13h30
Classificação da sprint: sexta-feira (2/5), às 17h30
Prova de sprint: sábado (3/5), às 13h
Classificação principal: sábado (3/5), às 17h
Corrida: domingo (4/5), às 17h