
O setor de bioinsumos no Brasil projeta um crescimento de 13% na área tratada para a safra 2024/2025, chegando a 156 milhões de hectares, e supera o aumento de 10% observado no ano anterior e evidencia a consolidação da tecnologia no campo brasileiro.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Dados da pesquisa Blink/CropLife Brasil, divulgados nesta quarta-feira (4/6), indicam que a taxa média de adoção de bioinsumos pelo produtor rural subiu de 23% para 26% da área plantada de 77 milhões de hectares. A CropLife é uma associação que representa as indústrias de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias agrícolas.
Saiba Mais
A taxa média anual de crescimento do mercado de bioinsumos nos últimos três anos atingiu 22%, um desempenho notavelmente acima da média global. Enquanto a proteção de cultivos como um todo (incluindo defensivos químicos e biológicos) cresceu 7% na safra 2023/2024, a adoção de bioinsumos na mesma área ou dos 35%, indicando uma preferência e confiança crescentes nessas ferramentas. A participação total dos bioinsumos na safra 2023/2024 foi de 13%.
A expansão é observada em todos os segmentos de bioinsumos por área de adoção média:
- Bionoculantes: de 54% para 56%
- Bioinseticidas: de 26% para 30%
- Bionematicidas: de 23% para 24%
- Biofungicidas: de 11% para 13%
- Solubilizadores de nutrientes: de 4% para 5%
Em termos de representatividade no mercado em 2024, os segmentos se distribuem da seguinte forma: bionoculantes com 28%; bionematicidas, 27%; bioinseticidas, 21%; biofungicidas, 16%; e solubilizadores, 7%.
O uso de bioinsumos está fortemente concentrado na cultura da soja, respondendo por 62% do total. O milho representa 23%, a cana-de-açúcar, 10%; e algodão, café, citrus e Hortaliças e Frutas (HF) somam 6%.
O diretor-presidente da CropLife, Eduardo Leão, enumera fatores para explicar o avanço da utilização do produto no país. “O produtor aprendeu a combinar tecnologias: defensivos e bioinsumos. Isso tem resultado em aumento de produtividade e sustentabilidade no campo. Aliado a isso, investimento maciço da indústria para maior oferta de produtos. Esse case de sucesso traz esses bons resultados e cria essa oportunidade de gerar negócios a partir desses insumos para o Brasil no exterior”, diz.