Gripe Aviária

México suspende importação de frango brasileiro após caso de gripe aviária no RS

Decisão segue tendência internacional e pode afetar até 20% das exportações mensais do Brasil

Entretanto, especialistas apontam desafios e limitações: o risco de gripe aviária, a necessidade de estrutura e tempo para cuidar das aves, e o fato de que galinhas caseiras produzem menos ovos que as aves industriais. -  (crédito: Freepik - wirestock)
Entretanto, especialistas apontam desafios e limitações: o risco de gripe aviária, a necessidade de estrutura e tempo para cuidar das aves, e o fato de que galinhas caseiras produzem menos ovos que as aves industriais. - (crédito: Freepik - wirestock)

O governo do México anunciou nesta sexta-feira (16/5) a suspensão temporária das importações de carne de frango brasileira, após a confirmação do primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial em Montenegro, no Rio Grande do Sul. A medida foi divulgada pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do México e segue protocolos sanitários internacionais estabelecidos entre os países.

O Brasil, um dos maiores exportadores mundiais de carne de frango, vê crescer a lista de países que adotam restrições sanitárias após a detecção da gripe aviária em território nacional. Além do México, Argentina, China, Chile, Uruguai e membros da União Europeia já haviam anunciado medidas semelhantes. A suspensão imediata das importações é prevista em acordos comerciais firmados com o Brasil, que exigem ação rápida diante da identificação de doenças como a IAAP.

Segundo levantamento preliminar da consultoria Safras & Mercado, a repercussão da suspensão pode impactar entre 15% e 20% das exportações mensais brasileiras de carne de frango. O Rio Grande do Sul, terceiro maior exportador do país, está impedido de comercializar o produto até que as autoridades sanitárias considerem a situação controlada.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reafirmou que a suspensão está restrita ao estado gaúcho e que os demais estados brasileiros continuam habilitados a exportar. “Suspendemos o Rio Grande do Sul das exportações, cumprindo o protocolo, mas o restante do Brasil continua com o fluxo comercial normal”, declarou.

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O setor avícola brasileiro agora se mobiliza para conter os impactos econômicos e evitar que o surto se propague. A vigilância sanitária foi intensificada, especialmente nas regiões de maior produção avícola, e novas medidas de biossegurança estão sendo implementadas.

postado em 17/05/2025 17:34
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