
O mercado de trabalho apresentou variações regionais no primeiro trimestre deste ano, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), publicada nesta sexta-feira (16/5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento mostrou que a taxa de pessoas sem ocupação cresceu em doze unidades da federação na comparação com o último trimestre de 2024. Em quinze outras unidades, o indicador permaneceu sem alteração. Para o IBGE, desocupados referem-se àqueles que não trabalham, mas estão ativamente em busca de uma oportunidade.
A elevação mais acentuada na proporção de desocupados foi notada no Piauí, saltando de 7,5% para 10,2%. Outros estados que registraram crescimentos significativos no período incluem o Amazonas, que ou de 8,3% para 10,1%; Pará, de 7,2% para 8,7% e Ceará, que subiu de 6,5% para 8% de desocupados.
Minas Gerais, Maranhão, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul também figuraram entre as unidades com aumento no índice. Apesar do aumento observado em diversos locais, Pernambuco continuou sendo o estado com o percentual mais elevado de desocupados no país, atingindo 11,6%.
Menor desocupação
Entre os estados onde o indicador se manteve estável na comparação trimestral, Santa Catarina (3%) e Rondônia (3,1%) apresentaram os menores percentuais de desocupação, segundo a Pnad Contínua publicada nesta sexta.
A pesquisa também mostra que seis unidades federativas registraram uma redução na taxa de desocupação: Bahia (de 14% para 10,9%), Espírito Santo (de 5,9% para 4%), São Paulo (de 7,4% para 5,2%), Rio de Janeiro (de 10,3% para 9,3%), Santa Catarina (de 3,8% para 3%) e Paraná (de 4,8% para 4%).
A nível nacional, a taxa de desocupação ficou em 7% no primeiro trimestre, o que representa o menor valor para este período desde que a série histórica da pesquisa teve início em 2012.
Rendimentos mensais
A Pnad Contínua também abordou a variação do rendimento médio real mensal. Entre o último trimestre de 2024 e o primeiro de 2025, apenas três estados viram esse rendimento subir: Rio de Janeiro (6,8%), Santa Catarina (5,8%) e Pernambuco (4,7%).
Já na comparação com o primeiro trimestre de 2024, sete estados registraram aumento no rendimento médio real: Pernambuco (23,4%), Alagoas (13,4%), Sergipe (13,2%), Santa Catarina (1,25%), Rio Grande do Sul (6,8%), Paraná (6,4%) e Espírito Santo (4,9%).
Nas demais unidades da federação, o rendimento permaneceu estável em ambas as comparações.
Trabalho
O levantamento do IBGE revelou que os jovens enfrentam os maiores desafios para se inserir no mercado: 26,4% entre aqueles de 14 a 17 anos e 14,9% na faixa de 18 a 24 anos. As taxas são progressivamente menores em idades mais avançadas.
Por sexo, as mulheres apresentam um índice de desocupação maior (8,7%) do que os homens (5,7%). No recorte por cor ou raça, pessoas pretas (8,4%) e pardas (8%) registram percentuais superiores aos de pessoas brancas (5,6%).
Em relação à instrução, as taxas de desocupação são mais baixas para indivíduos com ensino superior completo (3,9%) e aqueles sem instrução (5,6%). A maior incidência de desocupação foi observada entre as pessoas que possuem ensino médio incompleto, com um percentual de 11,4%.