
A ópera Pepito sobe ao palco da sala Martins Pena nesta sexta-feira (11/4), no sábado (12/4) e no domingo (13/4) para contar a história de Vertigo, Manuelita, Pepito e Miguel, personagens criados pelo compositor alemão Jacques Offenbach no século 19 com a intenção de fazer o público rir e se divertir. No Teatro Nacional, a opereta do francês ganhou adaptação para o Nordeste dos anos 1970 sob a direção de cena de Hyandra Ello e a batuta do maestro Rafael de Abreu Ribeiro.
No libreto da obra, Manuelita e Vertigo são, cada um, proprietários de uma pousada. Concorrentes, mas também amigos, eles vão enfrentar situações cômicas e muito romance, daqueles bem melodramáticos. Vertigo não quer apenas a parceria comercial com Manuelita, ele quer também a mão da moça, que é apaixonada por Pepito, alistado no exército e distante planejando batalhas. A obra de Offenbach é uma opereta, o que significa que tem enredo mais leve em comparação com as grandes óperas tradicionais. "E a gente trouxe essa montagem para os anos 1970, num vilarejo no Nordeste, porque os anos 1970 viram o auge do estilo brega", explica Hyandra.
O brega era importante, já que a história tem pitadas de exageros, especialmente no que diz respeito ao amor romântico. "O enredo é simples, mas tem vários desencontros em função do amor. Como amar intensamente tem um quê de brega, a gente fez essa associação tanto na direção geral, quanto na direção de cena", avisa a diretora.
A música alegre de Offenbach dá o tom envolvente da cena. Compositor preocupado com a capacidade cênica de suas criações, o alemão acabou radicado na França, onde fundou um teatro especialmente para dar palco à produção conhecida como ópera cômica. "A proposta do Offenbach traz muito diálogo, a música caminha muito junto com esses altos e baixos dos desentendimentos que acontecem nessas cenas que fazem ela ter uma característica mais cômica. Offenbach foi precursor do teatro musical, trabalhou muito com a Comédie Française, então ele tem a parte teatral muito forte, e isso fica claro na música", garante Hyandra.
Pepito
Direção: Hyandra Ello. Maestro: Rafael de Abreu Ribeiro. Com Hugo Lemos (barítono), Isabel Quintela (soprano), Roger Vieira (tenor). Hoje, amanhã e domingo, às 19h, na Sala Martins Pena do Teatro Nacional Claudio Santoro. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Classificação indicativa livre