
Um dos principais guitarristas do movimento manguebeat e um dos mais marcantes pernambucanos a tocar o instrumento, Lúcio Maia vem pela primeira vez a Brasília no formato de trio para apresentar o disco solo ao público da cidade. O evento será na Infinu, sábado (8/3), a partir das 17h30.
Lucio Maia é um dos fundadores e guitarrista da Nação Zumbi, banda que ao lado do Mundo Livre S/A, Mestre Ambrósio e outros grandes nomes foi responsável pela criação do movimento manguebeat, uma das iniciativas musicais e culturais brasileiras mais inventivas dos anos 1990.
O guitarrista apresenta o show do disco autointitulado que roda o Brasil há algum tempo, mas nunca fez parada na capital. "Estou com esse projeto desde 2019 e eu estou indo pela primeira vez para Brasília. A cidade sempre foi um porto seguro para a gente da cena recifense dos anos 1990", afirma ao Correio. "Independentemente do tempo que tenha ado, a gente sempre quer estar em espaços onde nós possamos divulgar nossas ideias e mensagens. Esses lugares são abençoados. Nós agradecemos levando nossos shows e nossas músicas", complementa.
Ele chega exatamente uma semana após o carnaval e acredita que esse som vai manter o clima do festejo no público brasiliense. "O meu conceito de carnaval não está ligado a um estilo de música ou tipo de festa. A ideia do carnaval é diversão, é o encontro social e uma festa para todos e isso meu show faz", conta.
Craque da guitarra
Por ser um grande nome do instrumento, Lúcio é muito comparado com outros guitarristas virtuosos. Uma das alcunhas é "Hendrix pernambucano", em referência ao músico norte-americano. "Eu não mereço tanto. Porém, eu de fato me inspiro muito nele, escutei o Hendrix muito. Antigamente, eu me referenciava não só na maneira dele de tocar como no equipamento que ele usava", diz.
Ter esse guitarrista como ídolo está mais relação com a forma como ele toca as pessoas do que no instrumento. "Todo mundo na minha geração queria ser Eddie Van Halen e Steve Vai, mas eu não. Eu queria o sentimento, mais do que a técnica e velocidade", explica o artista. "Sempre fui mais feliz em ver as pessoas emocionadas na plateia", conclui.