
Logo nos primeiros minutos do filme, um telejornal fictício anuncia: “O Papa Leão XIV morreu devido a uma sepse e colapso pulmonar irreversível.” Na época, parecia apenas parte da trama. Em 2017, o papa era Francisco. O nome "Leão" não era usado há mais de um século. A cena parecia apenas um toque de realismo.
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Muda para 2025 e o cardeal Robert Prevost é eleito papa. Surpreendentemente, escolhe o nome Leão XIV e a coincidência com o filme não ou despercebida. Usuários do TikTok, X (antigo Twitter) e Instagram começaram a compartilhar a cena do filme. Teorias sobre premonições e coincidências surgiram rapidamente.
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Mas tudo isso é o enredo de um filme de terror mexicano dirigido por Guillermo Amoedo: O habitante. A obra disponível na plataforma de streaming Netflix conta a história de três irmãs que invadem a casa de um senador e descobrem segredos sombrios no porão. Além da cena inicial sobre o papa — a sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção —, o filme mergulha em temas de possessão, exorcismo e segredos familiares.
O diretor revelou que o nome “Leão XIV” foi escolhido com base em profecias antigas, como as de São Malaquias e Santa Hildegarda de Bingen. Ou seja, não é uma premonição, mas uma escolha simbólica. "Decidi usar trechos de antigas profecias, como as visões de são Malaquias e outras teorias envolvendo o pontífice — e, dessa pesquisa, surgiu o nome de Leão XIV. Se as pessoas analisarem o filme com cuidado, certamente encontrarão muitas outras 'coincidências' além do nome do papa", disse ao jornal argentino Clarín.
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Robert Francis Prevost, nascido em Chicago em 1955, foi eleito papa em maio de 2025. Adotou o nome Leão XIV, trazendo à tona a coincidência com o filme. O nome Leão XIV não era usado desde o século 19. Sua escolha reforça as tradições e simbolismos na Igreja Católica.