
O evento beneficente de moda Met Gala, que arrecada fundos para o Museu Metropolitano de Arte de Nova York (EUA), movimentou as redes sociais em torno da cantora de K-pop Lisa, integrante do grupo BLACKPINK, nesta segunda (5/5).
Na edição de 2025, o tema foi uma celebração da alfaiataria e do estilo negro, com o código de vestimenta tailored for you ("feito sob medida para você"), referência à exposição Superfine: Tailoring Black Style. Lisa vestiu uma lingerie da Louis Vuitton com rostos desenhados na renda. Alguns internautas especularam que os bordados na calcinha assemelhavam-se à ativista dos direitos civis Rosa Parks e acusaram a cantora de utilizar a imagem do símbolo antirracista na região íntima.
De acordo com a revista Vogue, a vestimenta é uma colaboração prévia entre a marca e o artista Henry Taylor, contratado por Pharrell Williams, diretor criativo masculino da Louis Vuitton e copresidente do Met Gala 2025. O modelo foi criado por Taylor, conhecido por retratar figuras da cultura negra em suas obras, para o desfile masculino primavera-verão 2024 da marca. A Louis Vuitton declarou à Vogue que o trabalho mostra “retratos de figuras que fizeram parte da vida do artista”. No entanto, não esclareceu se algum rosto famoso foi incluído.
A suposta homenagem de Lisa ao trabalho de Taylor, ou à própria Rosa Parks, dividiu a opinião dos internautas nas redes sociais. Alguns usuários elogiaram a possível referência, mas outros criticaram a escolha de retratar uma figura histórica da luta antirracista em uma peça íntima. Lisa não se manifestou sobre a polêmica até a última atualização desta matéria, bem como a Louis Vuitton.
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"Apesar de dizer a palavra com 'n' várias vezes e nunca ter se desculpado, Lisa parece não se importar, já que usa uma calcinha com imagens de Rosa Parks, um ícone dos direitos civis que lutou contra a injustiça racial", comentou um usuário no X (antigo Twitter). "Talvez eu só não queira ver a Rosa Parks nas nádegas da LISA, e a culpa seja minha", disse outro. "Lisa já ofendeu a comunidade negra (6 vezes) mais do que cantou ao vivo (0 vezes)", questionou um terceiro.