Bullying

Metade dos alunos do ensino médio no DF sofreram bullying

As características físicas dos alunos pontuam como primeiras colocadas como alvo de bullying

Mais da metade dos estudantes entrevistados relataram ser alvo de bullying em algum momento da vida -  (crédito: Caio Gomez)
Mais da metade dos estudantes entrevistados relataram ser alvo de bullying em algum momento da vida - (crédito: Caio Gomez)

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) revelou números alarmantes de casos de bullying em turmas de Ensino Médio nas escolas do Distrito Federal. Publicado nesta quarta-feira (21/5), o relatório enumera que mais da metade (50,8%) dos estudantes da rede pública já sofreram alguma violência sistemática. Desse percentual, o motivo mais mencionado foi a aparência (25,3%).

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A pesquisa reuniu escolas públicas de Ceilândia, Gama, Guará, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Planaltina, Plano Piloto e Cruzeiro, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho, e Taguatinga. Além disso, professores e gestores também foram ouvidos a fim de identificar qual tipo de violência é mais comum nas escolas. As informações coletadas também chamam a atenção: 81,7% dos gestores e 60,5% dos professores entrevistados observaram ou tomaram conhecimento de casos de bullying entre estudantes no mês anterior  à entrevista

As razões do bullying

Entre o grupo de estudantes que relataram experiências de violência sistemática (50,8%), a aparência física foi a razão mais mencionada (25,3%), destacando-se como um dos principais fatores associados às experiências de bullying. A cor/etnia (18,3%), ser mulher (17,4%) e a orientação sexual (17,1%) também aparecem entre os principais motivos relatados, fato que pode indicar que elementos identitários são marcadores relevantes para a ocorrência de bullying.

Aspectos como não atender a padrões de masculinidade/feminilidade esperados (15,3%) e dificuldades na fala (15,6%) também foram relatados com frequência. Preconceitos por razões não evidentes (12,7%), por religião (12,9%) e por portar algum tipo de deficiência (13,6%) ocupam as três últimas posições que ainda apresentam significância estatística.

postado em 21/05/2025 14:41
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