Entrevista

"PSB não está fechado a nada", afirma presidente do partido no DF

Ao CB.Poder, Rodrigo Dias afirmou que Ricardo Cappelli é a melhor alternativa da oposição na disputa ao Buriti. Sobre a eleição presidencial, ele disse que o partido defende a permanência de Geraldo Alckmin como vice na chapa de Lula

Presidente do PSB-DF, Rodrigo Dias, em entrevista ao CB.Poder -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Presidente do PSB-DF, Rodrigo Dias, em entrevista ao CB.Poder - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A reafirmação da pré-candidatura de Ricardo Cappelli, atual presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), ao Buriti pelo PSB foi um dos temas do CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília, nesta segunda-feira (19/5). Às jornalistas Denise Rothenburg e Ana Maria Campos, o presidente do PSB-DF, Rodrigo Dias, comentou sobre os desafios da união do campo progressista local, o trabalho para manter Geraldo Alckmin como vice na próxima eleição presidencial e a necessidade de o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) agilizar os trâmites para que Rodrigo Rollemberg tome posse como deputado federaL.

O PSB tem um pré-candidato ao governo, Ricardo Cappelli. Essa candidatura é para valer ou ele está apenas ensaiando para tentar o Senado? Há algum acordo com o PT?

A candidatura é para valer. No nosso congresso, reafirmamos o nome do Ricardo Cappelli ao governo do Distrito Federal. Ele tem percorrido as cidades, dialogado com a população e se envolvido diretamente com a realidade local, o que mostra a viabilidade eleitoral. Nosso objetivo é consolidar essa pré-candidatura com o apoio do campo progressista. Mantemos diálogo com o PT, o PDT, o PV, o Cidadania e outros partidos. Inclusive, há expectativa de uma federação entre PSB e Cidadania. Acreditamos que Cappelli é o nome mais preparado e com mais condições de unir esse campo.

Será possível buscar essa unidade?

Tenho convicção de que é possível. Em 2022, começamos um processo de diálogo mais estruturado entre os partidos. Hoje, temos mais maturidade política. Essa construção exige generosidade de todos os lados. Entendemos que a única forma de apresentar um projeto alternativo ao atual governo do DF é por meio da unidade. Vamos conversar sobre composições e espaços. O PSB não está fechado a nada, desde que o foco seja derrotar o projeto que hoje comanda o DF.

As diferenças internas entre os partidos de esquerda podem ser superadas?

Como dizia o presidente Lula, é preciso unir os divergentes para enfrentar os antagônicos. O momento exige responsabilidade com o DF. Precisamos priorizar o que nos une. Trabalhamos com a lógica da soma. Respeitamos as demais lideranças, mas acreditamos que Ricardo Cappelli é o nome mais preparado para liderar esse campo progressista.

O PV também tem Leandro Grass como pré-candidato ao governo. Como fica essa disputa?

Leandro é uma liderança importante e tem legitimidade de se colocar. Em 2022, o PV já havia defendido candidatura própria. Mas vamos dialogar. Vamos mostrar que o nome com melhores condições de aglutinar forças neste momento é o do Ricardo Cappelli. Isso será construído com respeito e diálogo.

Qual será o papel de Geraldo Alckmin em 2026? Há rumores de que o PT pode indicar outro nome para vice.

O PSB quer manter Geraldo Alckmin como vice. Ele tem sido peça-chave no governo Lula, tanto como ministro quanto como articulador político. A parceria entre os dois tem funcionado bem. O PSB vai defender sua permanência na chapa.

Se o PT escolher outro nome como vice, o PSB lançaria candidatura própria à Presidência?

O PSB tem muito compromisso com o país, e a gente vive um cenário em que só existem dois campos políticos com capacidade de ter êxito eleitoral. Um campo que a gente hoje está apoiando, que é o campo do presidente Lula, e um campo que hoje representa o ex-presidente Jair Bolsonaro. Não tem condição nenhuma de a gente caminhar junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Saiu o Acórdão no Supremo Tribunal Federal (STF) dando a Rodrigo Rollemberg o direito de assumir o mandato de deputado federal. Como é que está esse processo?

A publicação do Acórdão foi um o fundamental. A expectativa é de que o TRE-DF recalcule os votos e faça a diplomação de Rollemberg com brevidade. Acionamos o TRE-DF durante o julgamento no STF, o que pode agilizar esse processo. Há um trâmite formal, mas o TRE-DF tem os elementos necessários para agir. A demora prejudica a representatividade dos 136 mil eleitores que confiaram no PSB.

Veja a entrevista na íntegra:

*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso

 

postado em 20/05/2025 01:30
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