Agressão

Justiça quer internação de adolescente que agrediu o colega em colégio

O estudante deve ar por audiência de custódia nesta semana. Ele é suspeito de golpear um colega dentro de uma escola

. -  (crédito: Maurenilson Freire)
. - (crédito: Maurenilson Freire)

O adolescente apreendido pela Polícia Civil (PCDF) por suspeita de golpear um colega no abdômen dentro da sala de aula, no Colégio Objetivo, em Águas Claras, pode ficar internado provisoriamente por 45 dias em uma unidade socioeducativa a pedido da Vara da Infância e da Juventude do DF. O menor deve ar por audiência de custódia nesta semana, onde a medida pode ser adotada.

O Correio apurou, por meio da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA 2), que o adolescente foi apreendido na sexta-feira, dois dias após o fato, em razão de um mandado de apreensão, no qual ele é suspeito de tentativa de latrocínio. O crime ocorreu no Parque de Águas Claras e, na ocasião, o menor tentou roubar um celular e acertou a vítima com um golpe de faca.

Na quarta-feira, o adolescente protagonizou uma situação grave onde estuda, no colégio Objetivo de Águas Claras. Segundo as investigações, ele desferiu um soco na lateral do abdômen de um colega de sala, de 15 anos. O adolescente encontra-se na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Anchieta. 

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Em entrevista concedida ao Correio no sábado (10/5), a mãe da vítima, que preferiu não se identificar, relatou o ocorrido. De acordo com a mulher, o estudante suspeito entrou na sala de aula já nervoso e agressivo. “Eu pedi para que meu filho me contasse tudo o que ocorreu. Ele disse que o colega chegou na sala dizendo que estava possuído de ódio e não era para ninguém mexer com ele. Como meu filho sempre estava acostumado a fazer brincadeiras com ele, o chamou de playboy”, disse na entrevista.

Após esse comentário, o estudante deu um soco forte no colega. A mãe relata que só foi informada sobre o fato pela escola às 16h, quase cinco horas depois do ocorrido. Ela disse que pediu o o às imagens das câmeras de segurança, mas foi negado pela direção. Em nota oficial, o colégio explicou. “Sobre as câmeras de segurança, é importante esclarecer que a escola jamais se recusou a disponibilizar as imagens às autoridades competentes. Pelo contrário, todas as gravações solicitadas foram entregues conforme determinação legal. As imagens captadas na quinta-feira, 08 de maio, foram encaminhadas à Delegacia da Criança e do Adolescente mediante solicitação formal e também estão à disposição do Conselho Tutelar. Ressaltamos ainda que, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as imagens feitas dentro da sala de aula só podem ser compartilhadas mediante solicitação oficial de autoridades.”

Ontem, a mãe da vítima afirmou ao Correio que o adolescente permanece internado na UTI sob observação médica. O aluno será submetido a novos exames hoje para avaliação das lesões nos rins.

Posicionamento

Em nova nota oficial enviada ontem à imprensa, o Colégio Objetivo posicionou-se quanto à apreensão do estudante e as medidas tomadas. De acordo com a instituição, foram tomadas soluções no âmbito escolar, “incluindo a transferência do estudante responsável pela agressão, além de ações pedagógicas com a turma, conduzidas pelo Serviço de Orientação Educacional (SOE)”.

“Neste sábado (10/05), a escola foi informada de que o mesmo adolescente, fora do ambiente escolar e em situação anterior ao episódio ocorrido na escola, foi apreendido pela polícia, acompanhado de outros jovens que não pertencem ao corpo discente do Colégio Objetivo. Diante disso, é essencial esclarecer que os demais adolescentes citados em rumores sobre um suposto latrocínio não são alunos do Colégio Objetivo. Qualquer tentativa de associação entre a instituição e esses indivíduos é incorreta e infundada”, frisou.

postado em 11/05/2025 18:47
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