A Arquidiocese de Brasília lamentou a morte do papa Francisco nesta segunda-feira (21/4). A instituição ressaltou que humildade, misericórdia e diálogo foram as características que marcaram o pontificado do argentino.
"Unamo-nos em oração pela sua alma, confiantes na esperança da ressurreição. Descanse em paz, Santo Padre, e interceda por todos nós diante do Senhor", disse a Arquidiocese.
O Arcebispo militar do Brasil, Dom Marcony, disse que o papa ensinou o mundo com o exemplo de humildade, simplicidade e olhar para os pobres e necessitados. "Caros filhos celebrando o Mistério Pascal de Cristo Jesus, unimo-nos a toda Igreja rezando pelo eterno descanso do nosso amado papa Francisco.
Deus em Sua misericórdia acolha, esse servo que tanto nos ensinou com seu exemplo de humildade, simplicidade e olhar para os pobres e necessitados", afirmou.
A Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), citou que o papa Francisco realizou gestos que traduzem e reforçam mensagens para a Igreja e a humanidade inteira. "Não só com palavras e documentos, ele apontou para uma Igreja em saída, misericordiosa, que cuida da criação, vive o amor na família e promove a fraternidade humana".
O anúncio da morte do pontífice foi feito diretamente da Capela da Casa Santa Marta, pelo o cardeal Farrell. "Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados."
- Leia também: A relação do papa Francisco com o Brasil
O cardeal continuou: "Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino."
A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IELCLB) também divulgou nota de pesar. "A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil une-se ao povo da Igreja Católica Apostólica Romana para, com profundo pesar, lamentar a morte do Papa Francisco. Sua liderança foi um farol de esperança, reafirmando que a fé e a espiritualidade são essenciais no enfrentamento dos grandes desafios do nosso tempo: as guerras, a desigualdade, a ganância e a degradação da criação de Deus."
A nota continua, ressaltando que o papa Francisco testemunhou o amor de Cristo, "clamando por justiça, acolhida e dignidade para com as pessoas marginalizadas e cuidado com a nossa Casa Comum". "Que seu legado nos inspire a seguir construindo sinais do Reino de Deus, onde prevaleçam a paz, o amor e a justiça. Confiamos na promessa de Jesus: para aqueles e aquelas que creem, a morte não é o fim, mas agem para a vida eterna. Que o Papa Francisco descanse na paz do Senhor e que seu exemplo continue a frutificar entre nós. Que o Espírito Santo de Deus fortaleça e guie os caminhos da igreja irmã", finaliza a nota, assinada pela pastora presidente, Sílvia Beatrice Genz; pelo pastor 1º vice-presidente, Odair Airton Braun; e pelo pastor 2º vice-presidente, Mauro Batista de Souza.
O fundador da Comunidade Obra de Maria, Gilberto Gomes Barbosa, também lamentou a morte do Papa Francisco. Gilberto conviveu com o Papa no período em que trabalhou como presidente da Fraternidade Católica Internacional (FRATER) por dois mandatos. A Frater foi criada pelo Conselho Pontifício para os leigos, em novembro de 1990, com o objetivo de integrar cerca de três mil novas comunidades ligadas à Renovação Carismática Católica no mundo.
“Estamos todos sentidos com a Páscoa do nosso papa um dia após de celebrarmos a Páscoa do Nosso Senhor. Tive a alegria de servi-lo mais de próximo quando assumimos a Frater e por bons anos fizemos a luz de sua orientação o caminho rumo a criação do Charis. Sua simplicidade, olhar de pastor e cuidado com os mais marginalizados ficam como exemplo. A Obra de Maria se une a Igreja pedindo a Deus consolo e que o sopro do Espírito Santo continue conduzindo o povo de Deus”, lamentou Gilberto Gomes Barbosa.
As últimas aparições do papa Francisco 4z3e4e
No domingo (20/4), o papa Francisco apareceu na varanda da basílica de São Pedro no Vaticano e desejou uma "Feliz Páscoa" aos milhares de fiéis reunidos no Vaticano para celebrar a ressurreição de Cristo.
O pontífice também refletiu sobre paz e pediu desarmamento em todo mundo. "Não é possível haver paz sem um verdadeiro desarmamento! A necessidade que cada povo sente de garantir a sua própria defesa não pode transformar-se numa corrida generalizada ao armamento", disse.
"Estas são as 'armas' da paz: aquelas que constroem o futuro, em vez de espalhar morte! [...] Que o princípio da humanidade nunca deixe de ser o eixo do nosso agir quotidiano. Perante a crueldade dos conflitos que atingem civis indefesos, atacam escolas e hospitais e agentes humanitários, não podemos esquecer que não são atingidos alvos, mas pessoas com alma e dignidade", acrescentou o papa.
No sábado (19/4), o papa Francisco recebeu o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance. Ambos "trocaram seus votos por ocasião do dia de Páscoa", informou a Santa Sé em um comunicado. No encontro, eles abordaram "a situação internacional, em particular nos países marcados pela guerra, as tensões políticas e situações humanitárias difíceis, com especial atenção aos migrantes, refugiados e prisioneiros".
Na quinta-feira (17/4), o pontífice visitou uma prisão no centro de Roma, onde se reuniu com detentos por ocasião da Quinta-feira Santa. Ao contrário de anos anteriores, o jesuíta argentino não realizou o tradicional ritual de lavagem dos pés. "Este ano, não posso fazê-lo, mas sim, eu posso e quero estar perto de vocês. Rezo por vocês e por suas famílias", afirmou o papa.
No Domingo de Ramos (13/4), o papa Francisco fez uma aparição surpresa na Praça de São Pedro. "Irmãos, irmãs, para experimentar este grande milagre da misericórdia, escolhamos como levar a cruz, durante a Semana Santa: não ao pescoço, mas no coração. Não só a nossa, mas também a daqueles que sofrem ao nosso lado; talvez a daquela pessoa desconhecida que o acaso – Mas será mesmo o acaso? – nos fez encontrar. Preparemo-nos para a Páscoa do Senhor tornando-nos cireneus uns dos outros", destacou o pontífice.
Em 9 de março, o papa recebeu a visita do Rei Charles III e a Rainha Camilla. Durante o encontro, o pontífice argentino felicitou o casal por ocasião do aniversário de 20 anos de casamento e também desejou que Charles III, que está em tratamento contra o câncer, tenha uma rápida recuperação.
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