
A primeira pessoa a descobrir que Dayane Barbosa Carvalho, 34 anos, tinha morrido foi a própria filha da vítima, de 12 anos. Ela sacodiu a mãe, achando que estava dormindo.
Irmã de Jovercino Antônio de Oliveira, de 39, suspeito de cometer o feminicídio, Dominga Antônio de Oliveira, 50 anos, ligou para o celular de Dayane após descobrir sobre a morte do irmão.
Quem atendeu o telefone, segundo ela, foi o filho mais novo do casal, de 8 anos, que disse que a mãe estava dormindo. Em seguida, a filha de 12 anos pegou o telefone e Dominga insistiu para acordar Dayane.
Ela disse ao Correio que pediu para a adolescente sacudir a mãe. “Nessa hora, acho que ela percebeu que a mãe estava morta e começou a gritar, em desespero”, contou Dominga.
A cunhada de Dayane disse que o casal estava junto há mais de 10 anos e que, nos últimos três anos, as brigas começaram. “Cheguei a aconselhar para que ela largasse meu irmão, mas a Dayane dizia que ele ia mudar”, lamentou.
Apesar das discussões, o delegado-chefe da 35ª Delegacia de Polícia, Ricardo Viana, informou que não foram registradas ocorrências anteriores envolvendo o casal, que tinha três filhas.
Segundo informações preliminares de peritos da Polícia Civil (PCDF) que estavam no local, ainda não é possível saber a causa da morte, não foi encontrado nenhum tipo de perfuração no corpo da vítima, mas ela tinha lesões na face.
O crime
Policiais militares foram acionados, inicialmente, para atender uma ocorrência da localização de um cadáver no rio. Informações readas ao Correio pelos portais comunitários Fercal Mídia e Ns2 indicam que, logo após a localização do corpo, descobriu-se que o homem morava na área da Fercal junto à esposa e filha.
Ao chegarem na residência da família de Javercino, os policiais encontraram o corpo da mulher dele, Daiane. Policiais da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho 2) investigam o caso.