O Câncer de Pele é uma das doenças mais comuns no mundo, e estudos recentes têm revelado diferenças significativas na forma como ele se manifesta em homens e mulheres. Essas diferenças podem ser atribuídas a fatores como vestuário, anatomia e hábitos de exposição ao sol. Compreender essas variações é crucial para a prevenção e o tratamento eficaz da doença.
De acordo com uma análise da Cancer Research UK (CRUK), os locais mais comuns de desenvolvimento de melanoma, o tipo mais grave de Câncer de Pele, variam entre os gêneros. Essa informação pode ajudar a direcionar estratégias de prevenção mais eficazes para cada grupo.
Quais são as diferenças na incidência de melanoma entre homens e mulheres?
Nos homens, cerca de 40% dos melanomas são encontrados no tronco, incluindo costas, peito e abdômen. Essa região é mais exposta ao sol, especialmente em climas quentes, quando muitos homens optam por ficar sem camisa. Em contraste, apenas 22% dos casos em mulheres ocorrem nessa área, sendo mais comum o desenvolvimento de melanomas nos membros inferiores, que representam 35% dos casos femininos.

Essa diferença pode ser explicada pelo tipo de vestuário mais utilizado por cada gênero. Mulheres frequentemente usam roupas que expõem mais as pernas, enquanto os homens tendem a expor mais o tronco. Além disso, a anatomia corporal também desempenha um papel, já que os troncos masculinos são geralmente maiores, enquanto as pernas representam uma proporção maior do corpo feminino.
Como a exposição ao sol afeta o risco de Câncer de Pele?
A exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV) é responsável por 9 em cada 10 casos de melanoma. Portanto, a proteção solar é essencial para reduzir o risco de desenvolvimento desse tipo de câncer. Os especialistas recomendam evitar o sol entre 10h e 16h, quando os raios UV são mais intensos, e usar protetor solar com fator de proteção solar (FPS) de pelo menos 30.
Além disso, o uso de chapéus de aba larga, óculos de sol com proteção UV e roupas que cubram os ombros são medidas eficazes para proteger a pele. É importante lembrar que os raios UV podem causar danos mesmo em dias nublados ou frescos, portanto, a proteção deve ser constante.
Quais são os avanços no diagnóstico e tratamento do melanoma?
Apesar do aumento nos casos de melanoma, os avanços no diagnóstico e tratamento têm melhorado significativamente as taxas de sobrevivência. Na Inglaterra, por exemplo, 9 em cada 10 adultos diagnosticados com melanoma sobrevivem por dez anos ou mais. Isso destaca o progresso extraordinário impulsionado pela pesquisa médica.
No Brasil, o Câncer de Pele é o tipo mais comum, representando cerca de 33% de todos os tumores detectados anualmente. A maioria dos casos são de tipos não melanoma, que têm baixa letalidade. No entanto, o melanoma ainda provoca cerca de 8 mil novos casos a cada ano.
Como identificar sinais de alerta na pele?
É crucial estar atento a mudanças na pele, como o surgimento de novas pintas ou alterações em pintas antigas. Qualquer mudança no tamanho, forma ou cor de uma pinta, ou o aparecimento de manchas incomuns, deve ser avaliada por um médico. O diagnóstico precoce é fundamental e pode fazer toda a diferença no tratamento do melanoma.
Para mais informações sobre como se proteger do Câncer de Pele, consulte o site da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Este artigo foi revisado por:Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271

