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Eleições 2014

PMDB se declara neutro na disputa do segundo turno no Distrito Federal 693e16

Filippelli e a liderança do partido afirmam que, por enquanto, não há apoio aberto. Decisão será tomada em breve, disse um distrital eleito 4g2b1d

Principal aliado de Agnelo Queiroz (PT) em 2010, ao longo do governo e na sucessão deste ano, o PMDB se definiu, ontem à noite, pela neutralidade na disputa do segundo turno no Distrito Federal. O vice-governador Tadeu Filippelli ressaltou que ninguém está autorizado a falar pelos peemebistas em Brasília. A declaração veio depois que o candidato do PR, Jofran Frejat, ter afirmado que negociava o apoio do grupo. ;Eu desautorizo o Frejat ou qualquer um a falar em meu nome e em nome do PMDB. Vamos ficar neutros na disputa;, disse Filippelli, que é o presidente regional do partido.

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O PMDB começou a receber sondagens pouco depois da confirmação da derrota de Agnelo Queiroz nas urnas, na noite de domingo. Interlocutores de Frejat e de Rodrigo Rollemberg (PSB) procuraram o partido em busca do potencial dos três deputados distritais e um federal eleitos este ano: Robério Negreiros, Rafael Prudente, Welllington Luiz e Rôney Nemer. ;Ouvimos muita gente, mas a definição será tomada de forma unida. Vamos agir de maneira colegiada;, disse, ontem à tarde, no plenário da Câmara Legislativa, o distrital reeleito Wellington.

Segundo distrital mais votado, com 25.646 votos, Robério Negreiros explicou que as discussões estão em fase de amadurecimento, mas que a decisão não deve demorar a ser tomada. ;Estamos conversando tudo de maneira muito racional. Seja qual for o caminho a ser adotado, será definido pelo partido como um todo. Estamos conversando internamente;, repetiu o discurso. As conversas vinham sendo feitas entre Filippelli, lideranças da sigla e os parlamentares eleitos.

Oficialmente, o PMDB-DF decidiu o posicionamento por meio de nota, na noite de ontem. Trecho dela esclareceu que ninguém poderá usar o nome de Filippelli ou da legenda, ;atribuindo-lhes declarações inverídicas, que só servem para confundir os eleitores;. O comunicado acrescentou ainda que o principal desafio do vice-governador a partir de agora é continuar colaborando com Agnelo Queiroz na condução do mandato até 31 de dezembro.

A neutralidade, no entanto, não indica que as bases eleitorais do partido seguirão caladas no segundo turno. A declaração dos dirigentes partidários, ao não se posicionarem por nenhum dos candidatos, abre caminho para que tanto Frejat quanto Rollemberg briguem pelo patrimônio que o partido acumulou ao longo dos anos e no primeiro turno. Para se ter ideia, sozinho, a sigla foi a segunda mais votada para a Câmara Legislativa, com 145.663 votos ; ficou apenas atrás do PT, votado 177.298 vezes.